José Antonio Maranho
Nos seus mais de oitenta anos, o autor, acompanhando, com muito cuidado e atenção, os acontecimentos no planeta, nos últimos cinquenta anos, concorda com os filósofos, pesquisadores e historiadores mais conceituados desse tempo que, conforme ainda Torquato, a barbárie está tomando conta do planeta. Ao lado dessa e aumentando as dificuldades da existência humana, as mudanças climáticas e a desigualdade abissal entre nações e pessoas, compõem um caldeirão ameaçando a aniquilação da humanidade para data não muito distante.Perto de terminar seu ciclo como ser humano, Maranho preocupa-se, por demais e, prioritariamente, com a nova geração, denominada de Geração Z, pela extrema facilidade em prever o que lhe acontecerá, no momento em que necessitar assumir o comando da sociedade, dentro de poucas décadas.Será reversível essa situação? Haverá tempo e meios para impedir os cataclismos resultantes da forma descuidada e irresponsável com que os atuais e anteriores dirigentes políticos das nações, contrariando os sucessivos alertas da maioria absoluta dos cientistas, vêm decidindo, na maioria das vezes, contra a vida do planeta?Maranho acha pouco provável, ainda que possível. E aponta o que chama de cinco pecados capitais comportamentais, como o principal obstáculo para os consensos entre líderes mundiais para a busca das soluções: a Ignorância, os Preconceitos, asSuperstições, a Ganância pelo Dinheiro e pelo Poder e a Cultura e a Prática da Corrupção.Não percebe algum movimento mais decisivo da sociedade exceto algumas tímidas tentativas em encontros mundiais, sem qualquer eficácia- visando virar o jogo, em razão do placar adversário. E por isso apela aos jovens de hoje -o que tem até acontecido, mas sem sensibilizar os dirigentes mundiais para corajosas ações que, de maneira cínica, logo são desmoralizadas pelos detentores do poder e do grande capital.