Iderlande Bezerra
O relato verídico de uma jovem que se prostituía na rústica taberna da pequena cidade situada no interior do Ceará, para arcar com o tratamento de saúde de sua mãe, substanciou esta obra com os bafejos da arte literária que invocou a acendência do refletir filosófico, cuja luminescência expõe a simbologia entre a vertente cristã e o paganismo celta representado por três deidades femininas, desdobrando-se em questionamentos dialogais que abrangem a religião, a política, o determinismo segregacionista da sociedade, o pessimismo do autor que parte do presente ao futuro a respeito do desenvolvimento social do seu município, a mística revelada através do ritual no cemitério, o sobrenatural do tangível do cotidiano lancinante, convida o leitor a submeter sua leitura as nuances fatuais transmitidas por meio desta obra constelada de imagens, recorrendo ao fantástico para trazer aquilo que é racional.
