Edil Gomes
Assim como toda ciência, a Numismática dá saltos. Prevista inicialmente como o estudo das moedas em seu contextoeconômico, histórico e geográfico, ela expandiu gradativamente sua abrangência para as medalhas e as cédulas, entre outras. E, dentro do campo específico das moedas, diversos ramos sempre se destacaram, como o do estudo das moedas por país, tipo, ano, emissor, tema etc.A esses ramos mais tradicionais agora se vem juntar o estudo das moedas com erros. Não que tais tipos sejam recentes; longe disso, a origem das moedas anômalas remonta à Antiguidade.Mas a obra que ora se apresenta em sua 2ª edição vem preencher uma lacuna importante da Numismática nacional, qual seja, curiosamente, a das moedas que não deveriam existir, que estão fora do padrão e que talvez, até por isso, chamem tanto a atenção dos estudiosos.Assim, se os colecionadores de moedas comuns já são considerados meio loucos, tendo muitas vezes de esconder de seus familiares o que investem para manter esse hobby que lhes dá tanto prazer, imaginem, então, a situação desses “caçadores de moedas com erros”. E, neste caso, a situação é ainda mais grave, pois eles, além de identificar tais erros, precisam distingui-los das falsificações.