Mariangela Fernandes Vaz
Além de tantas perdas e preconceitos o resultado sempre é a exclusão social e o agravamento devido a quantidade enorme de química que consumimos ou o aparecimento de outras doenças. Sou um exemplo, de 54 anos, ainda vivo disto tudo.Não permitem o assédio moral, psicológico, a visão eugenista nunca,nem mesmo no estágio probatório. Pensem, se ali, ele não é punido, é ali que ele vai acontecer.E depois disso,morre-se aos poucos, a cada dia.Morre-se através do preconceitos, dos abusos sexuais e psicológicos, das ameaças veladas,morre-se aos poucos, numa sociedade cuja a visão é que os mais fracos devem morrer.Com vários diagnósticos errados e com quantidade anormal de medicamentos errados que trouxeram como efeito colateral, mudançano meu comportamento, me transformando numa pessoa com mau comportamento, que eu nunca tinha tido antes,ou agora, que parei com as mediações.. Um câncer n exigediagnóstico e tratamento corretos? Com o autismo o TDHA é a alta mobilidade,por que isso seria diferente?Os medicamentos quando usados de maneira correta podem logicamente, ajudar as pessoas ,mas se usados de forma incorreta podem gerar uma alteração química no organismoque pd prejudicar a saúde e o comportamento de diversas maneiras.E apesar do diagnóstico correto e começandoa tratar a coisa certa da melhor maneira possível, dentro do baixo orçamento do BPC,ainda me sinto só.Numa teia de diagnósticos errados fiquei quase 15 anos quimicamente louca,insana,dopada de remédios, nãovi os meus filhos crescerem,nãoconseguir progredir profissionalmente,nãome senti pertencentea nenhum lugar,como se tivesse vindo de outro planeta..(Leve-me ao meu líder!,rs).A perspectiva bíblica me conforta, de ter certeza que estamos apenas de passagem.Diagnósticos,seja de autismo,TDHA, hipermobilidade sãomuito importantes.Atrasar estes diagnósticos somente geram mais problemas. Vc n resolve um problema fingindo q ele n existe.Tem q saber q àsvezes énecessáriousar máscaras,mas por um curto períodop n se sobrecarregar.De maneira alguma quero passar a mensagem que remédiospsiquiátricosnãosão importantes, se necessários,mas se alguém perceber o lado obscuro que estes remédios podem causar,devem procurar ajuda e tentar construir uma nova jornada e n chegar aos 90 anos sem saber quem realmente são.E-mail:mariangelafernandesvaz@hotmail.comhttps://twitter.com/mariangelavazhttps://www.facebook.com/mariangelaautista/https://www.linkedin.com/in/mariangela-fernandes-vaz-autista-642435297/recent-activity/all/https://exemplosdeassediomoral.blogspot.com/Tel:55 27 9 988340770ConclusãoHiperfocos são ruins para autistas?Podem causar uma certa distração, mas nos tornam os melhores quando realizamos uma únicatarefa que gostamos e sabemos realizar.Estereotipias devem acabar?Não podem acabar porque elas nos regulam, nos deixam em paz.Autistas não gostam de socializar?Será verdade isso mesmo? Gostamos e muito, mas muitas vezes estas tentativas são um completo desastre e preferimos nos isolar.Não ter malícia é um defeito?Não entender as linguagens figuradas, as ironias, os sacarmos não são características comum aos autistas, mas de todas as pessoas ingênuas.Expressões faciais e ações, diferentes dos neurotípicos não podem existir?A diversidade é comum em nossa espécie e deve existir sempre.Segregação da pessoa com deficiênciaEm plena era de revolução científica e tecnológica ainda verificamos a cultura manicomial presente na área da saúde e na sociedade em geral.Depressão em autistas?Como não tê-la diante de tudo que vivemos.Mercado de trabalho inclui autistas adultos?Perspectiva capitalistaAtualmente não somos valorizados pelo QI(Quociente Intelectual) e sim pelo QA(Quociente de Adaptação. Acho que por isso sobrevivi sem o laudo correto até agora, porque vim de uma época onde o QI era valorizado.O mercado de trabalho não inclui os autistas, apenas causa sofrimento e segregação, como em todas as outras esferas da vida.Existe eutanásia no Brasil?Na prática, na forma material e legal não existe, mas mata-se aos poucos com vários diagnósticos errados, uma enorme quantidade de remédios, a cultura manicomial, tudo representando o despreparo de profissionais que deveriam ser preparados adequadamente pelas Instituições de ensino para que não cometam imperíciaso que coloca o problematambém como político (poder executivo, legislativo e jurídico, principalmente os direitos humanos).